Eu resolvi te "substituir".

Essa frase deve ter sido umas das poucas e mais duras que já escrevi sobre alguém, mas foi isso que eu fiz. Eu te substitui pela música, pelos meus anseios, pelo meu trabalho, pelos meus estudos, pelos meus escritos, meus hobbies. Eu procurei substituir você no meu coração e nos meus pensamentos por coisas das quais eu achei que valia mais a pena, diante do quadro do qual estávamos naquele momento. Ser rejeitada é difícil. Entender que não somos queridos por quem tanto queremos é um choque. Eu resolvi substituir a dor pela alegria momentânea de prazeres rotineiros.
Até que você reaparece, percebe a substituição e tenta buscar seu posto de volta. Pra quê? Se não é realmente algo do qual você deseja ou sente? Pra quê alimentar esse ego e vaidade destruindo outra pessoa? Decidi ignorar, segui em frente. Aos poucos, fui lembrando de ti cada vez menos, outras pessoas foram surgindo. Um belo dia, lembrei que fazia tempo que não pensava em ti. Naquele momento lembrei de você, não de forma saudosa, como antes. Lembrei de forma esquisita, meio fria, meio sem sentido, meio amarga. Aquela sensação que a gente sente após ver um filme sobre a segunda guerra mundial. "Aconteceu, mas acabou".
Aos poucos fui deixando outra pessoa entrar na minha vida, nos meus pensamentos. Agora não é essa pessoa que te substitui. É minha vontade de seguir em frente. É minha vontade de dar certo. É minha vontade de ser feliz.
Lembro que, antes de você, existiu outro, que também caiu no esquecimento. Não por falta de sentimento, muito pelo contrário: eu senti tanto, mais tanto, que acabou não restando mais nada.

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